domingo, 18 de maio de 2008

Será que a culpa é uma doença moral?

Sempre senti culpa. Por muitas coisas: por ter nascido e dado certo trabalho aos meus pais; por ter crescido e continuar dando certo trabalho aos meus pais; por não ser tão bonita ou inteligente quanto meu namorado merecia; por estar conquistando algumas coisas materiais, enquanto tem gente da minha familia precisando de ajuda financeira.

Esse sentimento de culpa anda, cada vez mais, de mãos dadas com minhas outras neuras. Afinal, até que ponto somos culpados pela infelicidade dos outros? Até que ponto somos responsáveis pelo sucesso do outro?

Nossa...como é ruim me sentir assim. Às vezes (99% das vezes) que estou desfrutando algo muito bom - um jantar em um bom restaurante ou uma viagem - me sinto feliz pelo prazer que estou me proporcionando, mas me sinto culpada por não estar compartilhando esse momento com pessoas que dão a vida por mim.

É foda! Esse é um dilema que me acompanha diariamente. Eu tento ajudar as pessoas que amo da maneira que posso, mas será que o correto não seria dividir tudo? Uma vez escutei uma frase que me marcou pra caralho: Dividir o arroz é muito fácil, difícil é dividir a picanha!

Diante da criação católica somos estimulados a doar, doar, doar. Por outro lado o capitalismo nos força a receber, receber, receber. Tento achar um meio termo, mas dificilmente consigo. E essa é uma das minhas maiores aflições, principalmente quando envolvem meus pais que tiraram a comida da boca para me dar, ou da minha irmã, que sempre compartilhou tudo comigo...sem jamais mencionar algo em troca.

Sei lá, essas questões me fazem perder o sono e até mesmo a saúde. Será que a maioria passa por isso?

Bjs e boa semana amigos

terça-feira, 6 de maio de 2008

Como é difícil se comunicar

A finalidade deste blog é a comunicação, seja através de palavrões ou textos literários. Parece fácil se comunicar, mas o difícil são as interpretações que cada um faz daquilo que lê. Sei que a intenção é essa....deixar que cada um chegue à sua conclusão.

Mas, infelizmente, meu último blog foi interpretado de maneira negativa pelo homem que eu amo. Isso me magoou. Então, hoje não vou postar nada....só desabafar.

Puta que pariu....caralho....que bosta....vai tomar no cú Adriana...idiota...estúpida...fofa...lindinha....te adoro Adri...rs.....hauhau....gostei disso!

Obrigada amigos!

Bjs

domingo, 4 de maio de 2008

To ficando tiazona...



A coisa mais radical que fiz nos últimos 5 anos da minha vida foi cortar o cabelo (sim, estou de franjinha ridícula...fashion....urgh). Foi-se o tempo em que as aventuras valiam mais do que as conseqüências. Sei lá, estou me sentindo “na linha”...e pior que estou gostando. Será que estou me tornando uma criatura comum? Sem histórias para contar para os meus netos? Porra....que netos???.

Acho que são duas coisas acontecendo em paralelo. A primeira é namorar...bonitinha e tal. A segunda é a responsabilidade de amadurecer. Para o namoro a solução é curtir esse momento...que está sendo muito bom, talvez o melhor da minha vida. Já para o amadurecimento....aí ferrou. A cada dia que passa me sinto mais responsável pelos meus pais. Eles estão envelhecendo e preciso aprender a cuidar de mim e deles. Não é fácil, nem financeiramente e nem emocionalmente.

No quesito “finanças”, escolhi uma profissão que não oferece possibilidades de carreira e carteira assinada. Nunca fui registrada na vida. Tenho minha própria empresa (no meu quarto) e tento fazer o melhor que posso para sobrar uma graninha no final do mês...mas está difícil. Já sobre as “emoções”, têm dias em que eu só queria voltar a ser aquela menininha magrela...faltar na escola...comer chocolate...e esperar um novo dia começar...sem responsabilidades. Não é mais assim...vivo angustiada com o hoje, o amanhã e também com o ontem. Faço academia para aliviar as tensões, mas vivo tensa porque não consigo os resultados desejados na academia...rs.

Será que já estou na crise dos 30? Assim como o Rato descreveu há pouco tempo? Ou estou em crises do “tempo moderno”...não aquele do Charles Chaplin..em que o capitalismo engolia o trabalhador....mas, um tempo mais moderno ainda...onde o trabalhador engasga-se com o capitalismo. O que será, afinal?